O valor médio do frete recebido pelos transportadores no primeiro semestre do ano apresentou defasagem, em relação aos custos, de cerca de 16%. O índice cresceu em relação ao apurado no semestre anterior, que foi de 13%. A diferença é maior nos casos das cargas com lotações, em que a defasagem média apurada chegou a 20%; para as cargas fracionadas, o índice foi de 8%.
Por trás da defasagem estão, por exemplo, a dificuldade dos transportadores de cobrarem valores que cubram custos com medidas de combate ao furto e ao roubo de cargas, com emergências durante o transporte e a demora no recebimento dos valores – para se ter uma ideia, 54,1% dos transportadores têm fretes a receber em atraso e o prazo médio para recebimento dos pagamentos é de 26 dias.
Os dados compõem a Pesquisa sobre Mercado de Transporte Rodoviário de Carga no 1° Semestre de 2019 da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), divulgada durante o Conet (Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado), que ocorre até esta sexta-feira (2), em São Luís (MA).
Ainda segundo a pesquisa, o faturamento e os resultados diminuíram para mais de 60%; 34,3% dos transportadores entrevistados consideram ter transportado menor volume de cargas no período, em relação a 2018. Além disso, para 52,6%, a piora do mercado interno é a principal ameaça ao bom desempenho futuro do segmento. Sobre as projeções para os próximos meses, 35% consideram que o valor do frete tende a melhorar. Para 41%, deve se manter estável e, para 24%, piorar.
Fonte: CNT - Confederação Nacional do Transporte