Liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Baixada Cuiabana — SINTROBAC — os motoristas de ônibus de Cuiabá e Várzea Grande reunidos em assembleia geral nesta sexta-feira, 7, decidiram aderir à greve geral programada pelas centrais sindicais brasileiras para o dia 14 de junho em todo o país.
A greve geral tem como motivação a luta contra a reforma da previdência que na visão dos sindicalistas traz mudanças que dificultarão ao trabalhador o acesso à aposentadoria. O movimento ampliou a pauta na busca da adesão dos estudantes já mobilizados contra os cortes de verbas na educação.
Em torno de mil motoristas cruzarão os braços em apoio ao movimento que conta também com a adesão dos professores, trabalhadores nas indústrias, servidores públicos e diversos outros ramos de atividades.
A assembleia geral da categoria foi realizada no auditório da sede do Sest-Senat em Cuiabá e contou com a presença de lideranças dos trabalhadores das diversas empresas do transporte coletivo das duas cidades, onde debateram a organização do evento em Mato Grosso no sentido de ampliar seu alcance.
Ledevino da Conceição, presidente do SINTROBAC, representação sindical dos motoristas, justifica o apoio e participação de sua categoria no movimento grevista.
“Estamos participando da organização e buscando mobilizar o maior número possível de trabalhadores para esse dia de protesto contra a retirada de nossos direitos, principalmente contra as ameaças contidas no projeto de reforma da previdência, que do jeito que está irá dificultar em muito o acesso à aposentadoria, direito sagrado do trabalhador brasileiro. Por isso, no dia 14 nossa categoria irá cruzar os braços em protesto contra essa situação. O transporte coletivo vai parar na Capital e em Várzea Grande!”, avisou Ledevino.
Participaram da assembleia a convite da diretoria do Sintrobac os advogados Valdir Francisco de Oliveira advogado e Marisa Macedo, que abordaram aspectos da reforma da previdência defendida pelo governo.
“O estado tem a obrigação constitucional de garantir a previdência, agora querem tirar da lei essa obrigação. Ocorre, por exemplo que os bancos privados, que serão beneficiados com a previdência privada por meio da capitalização, podem, como empresa privada, quebrar um dia e deixar trabalhadores na mão. Por isso os trabalhadores têm que ter foco, é preciso ter consciência que essa reforma é prejudicial. Por isso é importante toda ação contra ela”, alertou Valdir Oliveira.
Em Cuiabá, a concentração do movimento grevista no dia 14 está programada para acontecer na praça Ipiranga.