A greve global pelo clima – que ocorre nesta sexta (20) em 150 países, incluindo o Brasil –, leva milhares de manifestantes às ruas. Eles exigem medidas concretas para frear as emissões de gases causadores do efeito estufa e combater o aquecimento global, segundo a organização dos atos. No Brasil, o protesto também se volta contra a reforma da Previdência e as políticas reacionárias do governo Bolsonaro.
- Multidões se reúnem em pontos turísticos como o Portão de Brandenburgo, em Berlim, a Abadia de Westminster, em Londres, e a Candelária, no Rio de Janeiro (veja imagens abaixo).
- O maior ato é esperado em Nova York (Estados Unidos), onde ocorrerá a Cúpula pelo Clima da ONU.
- Dentre as principais pautas dos manifestantes estão as queimadas na Floresta Amazônica e na Indonésia, o aumento das temperaturas médias causado pelo aquecimento global e a redução das emissões de gás carbônico.
- Jovens ativistas do clima como a sueca Greta Thunberg são expoentes nos protestos (leia mais abaixo).
- Personalidades como o ator Leonardo DiCaprio e Dalai Lama convocaram manifestantes pelas redes sociais.
As manifestações ocorrem um dia antes da Cúpula pelo Clima, da Organização das Nações Unidas (ONU), que deverá ocorrer de 21 a 23 de setembro, em Nova York.
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A Greve pelo Clima tem origem no “Fridays For Future” (Sextas-feiras Pelo Futuro, em inglês), que ganhou repercussão com a adolescente sueca de 16 anos Greta Thunberg.
Desde 2018, Greta falta às aulas nas sextas-feiras para protestar pelo clima. A iniciativa rendeu a indicação ao Prêmio Nobel da Paz e fez com que diversas outras greves se espalhassem pelo mundo. No Brasil, ao menos duas mobilizações tiveram repercussão nacional, uma em março e outra em maio.
Para esta sexta, estão programados mais de 5 mil eventos em todo o mundo em 150 países, incluindo o Brasil, em uma sequência que deve terminar com uma manifestação em Nova York.
A manifestação de Greta e a repercussão dos atos pelo mundo ocorrem porque 2020 é visto por especialistas como o ano chave no combate ao aquecimento. Isso porque as medidas que precisarão ser tomadas para manter o aumento das temperaturas médias globais abaixo de 1,5ºC até o final deste século, e as emissões de dióxido de carbono (CO2) reduzidas em 45% até 2030 precisam ser tomadas agora.
Fonte: G1