36,6% dos trabalhadores formais e informais recebem até um salário mínimo, segundo estudo feito pela LCA Consultores a partir de microdados da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa porcentagem corresponde a 35,6 milhões de trabalhadores.
Antes da pandemia, no segundo trimestre de 2019, o patamar estava em 29,9% — o equivalente a 27,6 milhões de trabalhadores, 7,9 milhões a menos do que o registrado atualmente.
Os responsáveis pelo levantamento apontam que, após a pandemia, a recuperação do mercado de trabalho ocorreu via informalidade e a partir do barateamento da mão de obra. A atual porcentagem é só um pouco menor do que a maior registrada pela série histórica, iniciada em 2012: 36,9% no segundo trimestre de 2020, representando 30,6 milhões de um total de 82,9 milhões de trabalhadores ocupados.
Encolhimento da renda
Por outro lado, o estudo indica que a quantidade de trabalhadores concentrados nas faixas de renda mais altas diminuiu. No segundo trimestre deste ano, a porcentagem dos que recebem entre um e dois salários mínimos foi de 32,1% — representando 1,1 milhão a menos de trabalhadores do que no mesmo intervalo de 2019.
Além disso, o grupo dos que recebem mais de dois salários mínimos também encolheu: eram 30,4 milhões no segundo trimestre de 2022, contra 32,5 milhões no mesmo período de 2019.